<--- E esta é a Érica.
<--- Eu
<--- Ga
Após uma grande noite para o recém-casal, surgiu um dia (a sério?), que aparentava ser mais calmo que o anterior. Tudo começa no bar onde a Érica trabalha. O Samuel apareceu lá, na parte de fora, com uns óculos-de-sol e um chapéu de cowboy e a ler uma revista, como se nada fosse. No entanto, o disfarce não serviu de nada, pois a Érica reconheceu-o logo. Ela caminhou até à mesa onde ele estava e começou a falar:
E: Bom dia senhor, o que deseja?
S: Uma sandes de elefante, se faz favor.
E: Desculpe, mas não temos pão.
S: Oh, não faz mal. Posso pedi-la a si?
E: Of course *disse ela com um sotaque britânico, enquanto se sentava na cadeira à frente do Samuel*.
S: *Tira os seus óculos e diz* Então, Érica, tudo bem?
E: Sim sim. É o "tal", que queres?
S: Sim, pode ser.
A Érica levanta-se da cadeira, ausenta-se durante um tempo e depois volta. Ela trazia consigo um cappuchino, junto com uma garrafa de água. Depois volta a sentar-se. Naquela tarde, não havia muito movimento, o bar estava quase deserto.
E: Pronto, aqui está. Fica na conta da casa, ah ah.
S: Muito obrigado. Já é mais um lugar para a lista.
E: Que lista?
S: A lista de locais onde como de borla. Em minha casa, num restaurante qualquer e no bar da minha namorada.
E: Mas antes de comeres de borla no restaurante, alguém terá que pagar *disse ela, terminando com um risinho baixo. Depois, ela diz:* Já agora..."da minha namorada"?
S: Hum? Não te lembras?
E: Do quê?
S: *Ficou assustado e pensou no que ia dizer... eis que começou* É que ontem nós estávamos meio bêbados e beijámo-nos nos lábios...
E: A sério? Beijámo-nos?
S: Sim, Érica, é verdade!!!
E: *Começou a rir e disse* Eu sei! Eu queria apenas a ver qual era a tua reação.
S: Sua sacaninha!
E: Ah ah. Bom, eu precisava da tua ajuda.
S: Para quê?
E: É que daqui a dois dias vou-me reunir com umas amigas minhas para tocarmos num concurso local.
S: A sério? O que vais tocar, já decidiste?
E: Eu toco qualquer coisa. Tens algum instrumento em casa, que me possa ser útil?
S: Tenho um baixo, mas não pretendo ser nenhum músico, uso-o apenas para
E: Ok, então depois podes trazer-mo?
S: Tudo bem. Mas então e o resto do pessoal? Dois dias é pouco tempo.
E: Não te preocupes, vai tudo correr bem, porque já temos experiência nesse assunto há já algum tempo.
S: Ainda bem. Imagino, deves ficar mesmo sexy a tocar.
E: *risos altos* Pois devo, ah ah.
Dois dias depois, lá para as 21 horas, começaram os concertos. Alguns tocavam bem, outros pareciam guaxinins num balde de lixo... havia de tudo. Entretanto, chegou a hora do grupo da Érica começar a tocar. A banda dela tinha músicas um bocado assustadoras e psicóticas e algumas pessoas presentes até ficaram na dúvida, se deviam continuar no local ou se deviam ir-se embora. O Samuel não era o maior fã do género, mas gostou de ver a Érica no palco, a dar que falar.
Eis que um rapaz se aproxima de Samuel e diz-lhe:
?: Oi!
S: *não reconheceu a voz e virou a cabeça para os dois lados até que viu um moço e acenou-lhe e disse um "Boas"*.
?: Como te chamas?
S: Samuel.
?: Eu sou o Gabriel.
Samuel sentia-se um bocado incomodado com a presença de Gabriel, embora não entendesse o porquê disso. Porém, continuaram a falar, até que Gabriel interviu:
G: Então, namoras?
S: Eh.. sim sim, com aquela rapariga de cabelos negros com o baixo, ali no palco *aponta para a Érica com o dedo indicador*.
G: *fez uma cara de mau discreta e disse* Vocês costumam encontrar-se por aí?
S: Sim sim, num bar onde ela trabalha como empregada de mesa.
G: *considerou em perguntar qual era o bar, mas pensou que iria acabar com a sua discrição e terminou com um:* Ok, então.
Eis que o concerto da banda da Érica acabou e todas as integrantes sairam para perto da entrada ao local e despediram-se. Depois, a Érica dirigiu-se ao Samuel, com um grande sorriso na cara.
S: Boas, Érica, estiveste muito bem!
E: 'Brigada! Dei o meu melhor!
S: *vira-se para o Gabriel e diz à Érica: Este é o Gabriel.
E: Olá *acena-lhe com a mão direita e faz um sorriso*.
G: Oi *limita-se a fazer o mesmo que a moça*.
Depois, Érica insistiu para que o Samuel fosse dar uma volta com ela, à rua, afirmando que "com a noite que está, seria um desperdício não a aproveitar com um passeio romântico". Então, eles saíram e despediram-se do Gabriel. Quando lhe viraram as costas, Gabriel lançou um olhar "stalk" para o Samuel.
Durante o passeio, fizeram coisas que um casal faz. Não vou enumerá-las porque não sei mesmo o que um casal faz, porque ainda sou solteiro. Caso vocês saibam o que um casal faz, cliquem aqui para darem uma resposta directa à fan fic.
No dia seguinte, Samuel dirige-se novamente ao bar onde a Érica trabalha e encontra, inesperadamente, o Gabriel à entrada do bar. Ele não desconfia nem nada, simplesmente pensou que fosse uma coincidência. No entanto, o Gabriel não apareceu no bar ocasionalmente. Já era obra do
S: *dirige-se a Gabriel e diz* Oi!
G: Olá. Samuel, tenho uma coisa para te dar.
S: O quê? *olha para baixo e repara num saco branco que ele trazia na mão esquerda*.
G: *Levanta o saco que o Samuel estava a olhar e tira de lá rosas. Rosas vermelhas* Toma.
S: *Fica do tipo "wtf?"* Para mim?
G: Sim sim. Vim aqui para te dar isto. Agora adeus...
S: X-xau...? *olha outra vez para as flores, para conferir se não viu mal.. mas não, eram mesmo rosas. Eis que ele se dirige até à Érica.*
E: Olá Samuel!
S: Oi...
E: Porque tens aí rosas?
S: Oh.. deram-mas.
E: Deram-tas?
S: Sim.
E: *faz um olhar desconfiado* Tu andas a trair-me?
S: *começa a rir* Eu? A trair-te? Olha para mim, sou um branquelas magriçelas loirinho com uma fita no cabelo! Que outra pessoa iria gostar de mim para além de ti, Érica? E em tão pouco tempo? Se quiseres podes revistar-me, confere, se eu cheiro a perfume feminino, ou se tenho algum contacto novo no telemóvel *tira o telemóvel do bolso e dá à Érica.* Ou até podes perguntar às pessoas, se foi ou não um gajo que me deu as flores.
E: *olha para o telemóvel, mas sem tocar nele, sempre com as mãos nas ancas, e diz* Bom, tu estás muito confiante, portanto acredito em ti. Quando os homens querem esconder algo das mulheres arranjam sempre argumentos estúpidos e nunca põem o mais óbvio à prova da parceira.
S: Então, acreditas em mim?
E: Sim. *sorri lentamente*.
S: Ainda bem.
E: *vira-se de costas, mas, repentinamente, gira outra vez para Samuel e pergunta-lhe* Tu, por acaso...
S: *interrompe* Não.
E: Seu mentiroso!!! Tem cheiro!
S: *agacha-se e abraça as pernas da Érica, encosta a cabeça nos joelhos dela e diz:* Érica, eu juro, eu nunca faria isso! Eu amo-te muito!!!
E: Hã? Não é isso! Não me deixaste acabar a frase! Eu queria perguntar-te se tinhas uma chiclete a mais.
S: Ahh! *ele estava a mascar uma chiclete" Tenho, tenho, mas são só de morango,
E: Eu gosto dessas, pode ser.
S: *levanta-se e tira do bolso uma caixa de pastilhas elásticas, tira uma e dá à Érica.*
E: Obrigada *mete a chiclete na boca e pergunta:* No que é que pensaste que eu te estava a dizer?
S: Pensei que tivesses voltado àquela ideia da traição ou que te tivesses lembrado daquilo do moço que me deu as rosas.
E: Ah, ok. *vira-se novamente de costas para o Samuel e começa a andar. Rapidamente, volta a girar*
S: Não *disse ele antes de uma possível pergunta da Érica que o Samuel já estava a pensar em receber*
E: Nâo foi um homem que te deu as rosas?
S: Ah, foi sim.
E: Por acaso és...sabes...homo?
S: Se eu fosse homo, não te faria isto *levanta a mão esquerda e toca num seio da Érica*. Gostas?
E: Sim, por acaso, até é bom. Mas, quem é que te deu as rosas?
S: Foi o Gabriel, aquele moço de ontem.
E: Mas tu já o conhecias?
S: Não, foi mesmo ontem que o conheci.
E: Bom, se calhar ele gosta de ti, já pensaste nisso?
S: Wut? A sério?
E: Sim. O que vais fazer?
S: Não faço ideia, se calhar vou precisar da tua ajuda.
E: Ok. Mas, antes disso...Samuel... tira a mão da minha xuxa.
S: Ah, tá, distraí-me. É que sabe tão bem.
E: Deve ser mesmo, agora vem comigo, lá para dentro, para combinarmos qualquer coisa.
Eles entram no bar e sentam-se junto um do outro, para planearem, em conjunto, uma maneira de fazer com que o Gabriel desista do Samuel. As ideias de ambos estavam a misturar-se e a causar conflitos, mas, acabaram por chegar a um consenso, muito simples, na verdade.
Tudo começou no dia seguinte... Samuel voltou a aparecer no bar da Érica e encontrou lá o Gabriel (ele já estava à espera disso). Então, antes atravessar a estrada para entrar no bar, Samuel deu um toque à Érica para ela sair, mas, pelo outro lado do edifício, que daria acesso a um caminho que dava até ao outro lado da estrada, onde o Samuel estava. Então, ela disse a uma colega sua, à Jessica, que se iria ausentar durante um bocadinho. Ela lá foi, saiu, andou, correu, respirou, olhou, ouviu, bateu (o coração), transpirou, conspirou, voltou a andar e coiso. Chegou até ao Samuel. Já estava planeado o seguinte:
A Érica começar a correr rapidamente até ao Samuel para este a abraçar e para depois se beijarem, à frente do Gabriel. Mas imaginem se o Samuel encontrasse uma moeda no chão, se dobrasse e a Érica caísse em cima dele? Seria hilário. Mas não, correu tudo como planeado. Só que o Samuel não evitou em passar um lenço pela boca após ter beijado a Érica, porque ela estava toda suada.
O Gabriel viu, do outro lado e passou pela rua e foi ter com os outros dois.
G: Desculpem por vos estar a incomodar, mas...
S: Gabriel, eu não gosto de ti por amor, apenas como amigo! Eu sou hetero e já namoro com a Érica e amo-a muito! Isso é algo que eu nunca irei mudar, haja o que hajar!!!
Eu: lol para esta última frase depois da vírgula.
G: Hãã? O que é que estás para aí a dizer? Eu não sou homo!
S: Então para que eram as flores?
G: As flores eram para o teu irmão...
E: *murmura para o Samuel* Ainda diz que não é homo...
G: ...A PEDIDO da minha irmã.
E: Ups.
G: Sim. A minha irmã gosta do teu irmão. Ela já o viu muitas vezes mas nunca teve coragem para falar com ele, por isso, mandou-me dar-te flores, para tu dares ao teu irmão, porque eu sei que ele não iria aceitar de um estranho, mas de ti, talvez pudesse.
S: Mas iria dar tudo ao mesmo, não?
G: Não! Ele não aceitaria se EU lhe desse as rosas a pedido da minha irmã. Idem aspas se fosse ela a fazê-lo, porque eu sei que ele teve aquele problema de relacionamento. Mas, como tu és o irmão, ele poderia considerar em aceitar as flores! Não leste o cartão?
S: Que cartão?
G: Já tenho a resposta.
E: Eu guardei as flores no bar. Eu posso lá ir buscá-las.
G: Sim, faz isso, se faz favor.
E: Tudo bem *segue em direcção ao bar. Pouco tempo depois ela volta e diz o que está no cartão, que estava amarrado com um cordel a uma das flores:* De: Miriam, Para: José.
S: Como no natal!
G: Exactamente para os dois. Pronto, é isso. Só precisas de dar as flores ao teu irmão e se tiveres dúvidas, falas comigo, eu vivo no rés-do-chão daquele prédio junto ao bar *aponta com o dedo*.
S: Está bem então.
G: Então, vou-me, adeus pessoal!
S/E: Tchau!
E: Bom, ao que parece, isto foi tudo um mal entendido.
S: E de que maneira.
Eu: Sexo.
Aqui está a minha canção gay favorita:
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