<--- Façam de conta que este é o Samuel
<--- E esta é a Érica.
<--- Eu
Cenas do episódio anterior:
Moça: Olá! *moveu-se para o lado, sem nunca se levantar e colocou sua a mão aberta na rocha, como se estivesse a pedir para que eu me sentasse.*
Samuel: Olá... t..tudo be..bem? *disse eu, ainda de pé, na areia*
Moça: Sim. Vá lá, senta-te!
Samuel: Es..está bem *sentei-me, com alguma insegurança*
Moça: Como te chamas?
Samuel: <- E tu?
Moça: Sou a Érica.
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E: Não achas aquilo fantástico? Uma pessoa e um animal a divertirem-se juntos... é esplendoroso.
S: Gostas de animais, Érica?
E: Sim, muito. Já desde pequenina. E eu adoro homens que são amigos dos animais.
S: Ah, são os que fazem o teu estilo?
E: Sim.
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S: Olha Érica...
E: Sim?
S: Eu queria que... *naquele momento eu estava bastante desconfortável*
E: Fala moço! Estás muito tenso, desembucha * disse ela, com um sorriso brilhante no rosto*.
S: Érica, eu queria saber se... tu querias sair comigo amanhã?
E: Bom, não sei se dá, porque eu já.........
*Música de abertura*:
Naquele momento, Samuel ficou com o coração a pular, como se tivesse visto um fantasma japonês. As palavras da Érica pareciam não ter continuação naquela altura e Samuel já esperava receber uma notícia má.....
E: ....tenho um compromisso amanhã....
S: Hmmm... deixa-me adivinhar, um encontro com o namorado? *disse ele para ver a reação da moça*.
E: Namorado? *começou a rir* Não Samuel, eu não namoro! É outro compromisso!
S: Wow...ok *suspirou de alívio*. Então, o que se passa?
E: É que eu tenho uma consulta amanhã, na parte da parte.
S: Se quisermos podemos adiar para a noite.
E: É, até dava. Gosto da tua ideia, até podemos ir à discoteca e tudo!
S: Sim sim, mas onde é que nos encontramos?
E: Aqui mesmo! Então, espero por ti aqui, amanhã às 22:00, pode ser?
S: Ok então.
Entretanto, eles trocaram contactos e tudo mais...
E vocês ainda estão a pensar na frase "Samuel já esperava receber uma notícia má"? Pensam que não
é uma notícia má? Então imaginem, se um terrorista aparece ali por perto e deixa uma bomba na clínica? Isso é muito perigoso! Aliás, tudo é perigosos, nessas e noutras condições. Todo o cuidado é pouco! Bem diz o ditado, "o seguro morreu de velho
Bom, muitas horas depois, Samuel e Érica encontraram-se no local prometido. Eis que começaram o diálogo de xaxa do "oi, como estás" e wtv. Mas, pouco tempo depois, começaram a andar, em direção à discoteca e Érica diz a Samuel:
E: Consegues ouvir este som?
S: Sim, se daqui já dá para ouvir bem, imagina lá dentro.
E: Pois. Se fosse outro estilo de música não me importava.
S: De que estilos gostas?
E: Gosto dos mais extremos mesmo.
S: Que tipo de "extremos"?
E: Black metal, Death Metal e metal gótico.
S: *morde os lábios. Acontece que o Samuel não é grande fã de música metálica, nem mesmo de alguns dos mais calmos, então os mais violentos, de certeza que ele não iria gostar nem um bocadinho.*
E: Que se passa?
S: É que eu não ligo muito a esses estilos.
E: Antes eu também não ligava muito, mas comecei a ouvir mais bandas e agora sou uma grande fá. Devias experimentar.
S: Isso são coisas para o meu irmão, ele é que gosta de música desse género. Eu gosto mais de Rock, Soul e Punk.
E: Bem, tu é que sabes!
S: Sim, sim...
Naquele momento, Samuel sentiu-se desconfortável. Não conseguia meter na cabeça que a rapariga que amava gostava de géneros musicais totalmente intocáveis para ele. Eis que entram na discoteca, um local iluminado por várias mini lanternas que emitiam luzes em direção a uma bola de espelhos, que fazia feitios luminosos engraçados em tudo à sua volta. Não havia nenhum único espaço da discoteca com escuridão, nem mesmo os cantos extremos.
Então, Érica e Samuel sentaram-se numas cadeiras altas de um único suporte, à frente de um balcão, onde se vendiam as mais diversificadas bebidas. Enquanto Érica pediu um shot de gelatina, Samuel contentou-se com uma coca-cola.
S: O que é isso, Érica?
E: É um shot de gelatina! *apresenta a Samuel um copo de plástico com um liquido azul lá dentro.*
Queres provar?
Tinha um aspecto apetitoso, mas Samuel sabia que era uma bebida alcoólica e dispensou o pedido.
S: Não, não estou para aí virado.
E: Tu é que sabes.
S: Costumas beber coisas assim?
E: Na verdade, é a primeira vez que bebo um shot. Uma bebida alcoólica, para ser mais precisa. Mas eu não sou de vícios, portanto, penso que não irei ficar dependente disto.
S: Mas é assim que eles começam.
E: Acredita em mim rapaz!
S: Ok... *Samuel pensou: músicas barulhentas, bebidas alcoólicas... a sua visão da rapariga de sonhos estava a desvanecer-se aos poucos. De certeza que Samuel fez a escolha certa? Eis que ele olha para trás e vê:
Não, não foi isto o que ele viu. O que ele viu foi uma rapariga, também de cabelos negros, pele branca e olhos verdes, assim como a Érica. Só que o cabelo dessa rapariga era mais curto que o da Érica e tinha várias tatuagens pelo corpo. Eis que algo lhe toca no ombro...*
S: Han,... sim?
E: Olha Samuel, eu vou dançar para junto daquelas raparigas, está bem?
S: Sim, tudo bem então.
E: *Pegou nas suas coisas e foi para o grupo das moças*.
Samuel finalmente estava livre de Érica para poder ir conversar com a outra rapariga que viu, junto ao balcão... Então, ele lá foi. Dirigiu-se a ela, sentou-se no banco ao lado e pede (novamente, mas não "novamente", vocês já verão porquê) um shot de gelatina, tal como o que a Érica tinha pedido. A cor era a mesma e tudo. Ele não tinha intenção de beber o que tinha pedido, foi apenas para parecer phoda/cool/óssome/SWAGger (este apenas para os parvos que estão a ler isto)/gr8/n1ce/tah boss à frente da moça. Eis que ele começa a conversa:
S: Então lindeza, como é que andas?
?: Eu ando com as duas pernas, ah ah.
S: E são bem sensuais, por noção.
?. Tu és um engatatão, não és?
S: Apenas quando estou perto de algum estimulador para tal.
?: Muito bem. Eu sou a Raquel!
S: Sou o Samuel.
R: Gosto do teu estilo. Deves ser um fã de rock, né?
S: Rock, Soul e Punk, os três grandes, na minha opinião.
R: Ah, boa, também sou fã do Punk, como podes ver, pelo meu estilo.
S: Sim. *Samuel pensa: começo a gostar desta gaja. ela gosta dos mesmos estilos musicais que eu e aparentemente, não bebe álcool (ele notou isso, quando a viu com uma garrafa de água na mão)*.
R: É a primeira vez que apareces numa discoteca?
S: Nesta sim.
R: Então, como é que chegaste cá?
S: Well, convidei uma rapariga para sair e pronto, cá estou eu.
R: És muito rápido, hein?
S: Sou sou.
R: E onde está essa tua amiga?
S: Está ali *aponta para o local com o polegar da mão esquerda*, junto com umas raparigas que acabou de conhecer. Eu antes gostava dela, mas vi que não faz mesmo o meu género.
R: Porque é que dizes isso?
S: Bom, nem temos os mesmos gostos musicais, ela é fã de Metal Extremo e barulheira, aparentemente e eu não gosto muito disso. Além do mais ela está completamente bêbada, por causa das bebidas que ingeriu...
R: E agora, deixaste de gostar dela por causa disso?
S: Oh, tu farias o mesmo.
R: *dá um estalo ao Samuel, que pouco ecoou na discoteca, devido ao alto som da música*.
S: *abana a cabeça e pergunta, irritado* Estás parva ou quê?
R: Eu estou no meu estado normal. Isso pergunto-te eu.
S: Com que propósito?
R: Se tu gostasses realmente dela não te importarias com isso. Se ela bebe álcool e gosta de barulheira, isso é assunto dela. Ela já bebe há muito tempo?
S: Na verdade começou hoje.
R: Ainda por cima. Deixa-a fazer o que quer, aproveitar a sua vida, afinal é a sua primeira vez no mundo das bebidas alcoólicas! Como eu costumo dizer, aproveita a vida, só vives uma vez.
?: Na realidade, os humanos não sabem se já viveram no corpo de outros seres. É a isso que se chama de "vida passada". Há quem diga que os humanos podem ter reencarnado a partir de um animal!
R: *vira-se para Samuel e murmura baixinho:* Este deve ter reencarnado de uma gralha.
S: *abana positivamente a cabeça*.
?: Ou seja, ninguém sabe de onde é que os humanos realmente vieram. Há quem acredite na evolução..
Eis que aparece um tipo aleatório que diz: "POKÉMON!" e sai de seguida.
?: ...mas a reencarnação existe! A dupla personalidade nas pessoas é, na verdade, efeito da intrusão da alma de um humano num corpo já domado por um espírito, que possivelmente, veio de outra pessoa. Almas no Céu não faltam, e servem para todos os bebés acabados de nascer ou para possuir uma pessoa, para fins benéficos ou maléficos.
R: E tu quem és, querido?
?. Eu sou o Taio.
S: Taio?
T: Evidentemente que sim, bacano.
S: Bacano?
T: Ya men, camarada, malta, niggaz, percebes?
S: Não muito.
R: Adiante: Samuel, vai ter com a tua moça, engata-a enquanto ela ainda está bêbada e sê feliz com ela. *olha para a Érica* É uma rapariga linda, aproveita. Como eu já disse, tu só vives uma vez!
S: Está bem. *levanta-se* Então vou-me. Obrigado por me fazeres recuperar a confiança na Érica com tantas poucas palavras.
R: Na boa. Vá força!
S: *Sai e faz um thumb up*.
T: Quanto à conversa de à bocado: Isto da vida é um assunto muito delicado. Dependendo do ambiente em que estiveres, podes tornar-te imortal ou alternativamente, reproduzires-te. Podes até mesmo estar em dois ambientes ao mesmo tempo e...
R: Sim, é isso tudo.
Samuel dirige-se até Érica e mentaliza-se de que lhe vai contar tudo o que sente. Ele já tinha visto em filmes que, é nas discotecas, quando as pessoas estão bêbadas que o "primeiro
S: Érica, eu... eu gosto de ti!
E: *Não responde com palavras. Mas sim com gestos. Coloca os seus braços à volta do pescoço de Samuel e
Por um momento, parecia que o tempo tinha parado...
T: Isso é impossível porque o tempo é a única coisa que existe à nossa volta, que dá origem a tudo, tal como a formação de massa das células, para formar uma pequena semente, que se tornará numa enorme sequóia, dentro de alguns anos. O tempo é a única unidade de medida existente, não existem letras nem números... Tudo isso foi criado com a intenção para que os humanos o entendam facilmente. No entanto, se este conhecimento for divulgado pela humanidade inteira, a única coisa que traria, seria violência e caos, porque o ser humano é muito conflituoso.
E foi com o discurso intenso e filosófico do Taio que o DJ decidiu colocar uma melodia com uma duração semelhante. E cá está ela:
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